Na semana em que a Comissão de Valores Mobiliários dos Estados Unidos (SEC, na sigla em inglês) precisa decidir se libera ou não o tão aguardado ETF (fundo de índice) à vista de Bitcoin (BTC) no país, o presidente da agência federal recorreu ao X (antigo Twitter) para alertar sobre os perigos do setor.
“Aqueles que oferecem investimentos/serviços em criptoativos podem não estar cumprindo a lei aplicável, incluindo as leis federais de valores mobiliários. Os investidores em criptos devem compreender que podem ser privados de informações importantes e outras proteções importantes relacionadas ao seu investimento”, escreveu Gary Gensler na tarde desta segunda-feira (8).
Apontado como inimigo dos ativos digitais por causa de multas, ameaças e ações regulatórias contra players do setor nos últimos anos, Gensler também disse que os fraudadores continuam a explorar a crescente popularidade das criptomoedas para atrair investidores de varejo para fraudes.
“Esses investimentos continuam estar repletos de ofertas fraudulentas de moedas, esquemas Ponzi, pirâmides e de roubo total, em que o promotor do projeto desaparece com o dinheiro dos investidores”, falou.
O mercado não entendeu a declaração como ameaça. Nos momentos seguintes à fala, o preço do Bitcoin avançou e voltou a superar o patamar de US$ 45.500, maior preço desde março de 2022.
Semana decisiva
Há mais de uma dezena de pedidos de ETFs para análise na mesa da SEC. A autarquia federal tem até a quarta-feira (10) para aprovar ou não a primeira solicitação, feita pela Ark Invest, da gestora veterana Cathie Wood. Especialistas acreditam, no entanto, que um lote de solicitações pode ser liberado ao mesmo tempo pelo regulador.
A Ark Invest e outros emissores de ETFs, como BlackRock e Invesco, enviaram diversos documentos para o xerife do mercado de capitais nesta semana, algo visto pelos analistas como um impulso final para oferecer os produtos de investimento.
Além disso, alguns emissores também nomearam participantes autorizados – corretoras responsáveis por lidar com a criação e resgate de cestas de cotas para ETFs. Entre eles estão a Jane Street Capital e o JPMorgan.
“A entrada de players como a BlackRock, maior gestora de recursos do mundo com US$ 14 trilhões sob administração, pode elevar o fluxo para Bitcoin em algo entre US$ 10 bilhões e US$ 20 bilhões nas primeiras 4 semanas após a aprovação”, disseram analistas do Mercado Bitcoin em nota.
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