Deu que falar recentemente o estranho caso de um telemóvel que sobreviveu depois de uma queda de 5.600 metros de altura, o resultado de se ter soltado a tampa da janela de um Boeing 737 Max 9 da Alaska Airlines.
A altitude seria suficiente para julgarmos que o telemóvel não teria sobrevivido mas, como sempre nestes casos, há uma explicação para solucionar o caso. Em conversa com o The Washington Post, um investigador de pós-doutoramento no Instituto de Astrofísica Teórica da Universidade de Oslo, Duncan Watts, explica que a “resistência do ar” ajudou a ‘salvar’ este dispositivo móvel.
“Se o telemóvel estiver a cair com o ecrã virado para o chão, há bastante arrasto, mas se o telemóvel estiver a cair a direito para cima e para baixo, há muito menos. Na realidade, o telemóvel estaria a cair bastante e receberia bastante vento, o que daria essencialmente uma força ascendente”, nota Watts.
Found an iPhone on the side of the road… Still in airplane mode with half a battery and open to a baggage claim for #AlaskaAirlines ASA1282 Survived a 16,000 foot drop perfectly in tact!
When I called it in, Zoe at @NTSB said it was the SECOND phone to be found. No door yet pic.twitter.com/CObMikpuFd
— Seanathan Bates (@SeanSafyre) January 7, 2024
O investigador nota ainda que “quanto maior for o telemóvel, menor será a velocidade terminal”, indicando que a velocidade máxima da queda seria de cerca de 44,70km/h – algo que só aconteceria se o ecrã do telemóvel estivesse perpendicular ao chão.
Para Watts, contribuiu também para ‘salvar’ o telemóvel o local onde este caiu. “Se o iPhone caísse num pedaço de relva, poderia definitivamente ter sobrevivido à queda. Se o telemóvel estivesse virado para baixo, teria passado de cerca de 13 km/h para ficar parado numa superfície relativamente confortável, com um pouco menos de força do que se eu decidisse pisá-lo”, concluiu o investigador.
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