Como aquela que Pedro Frade partilha com o JE. O pai, produtor de vinho, tornou-se um indefetível do vinho de talha. Não sabemos se por osmose ou ‘contágio’, certo é que essa paixão passou para os filhos e, por sua vez, para a carta de vinhos dos restaurantes que os dois irmãos, Pedro e Sérgio Frade, abriram em Lisboa. Se o primeiro vai à boleia do apelido, O Frade, o ‘irmão’ mais novo remete para as estrelas do cardápio, peixe e marisco, e podemos dizer que traz ‘sangue’ na Guelra. Por outras palavras, arrojo e criatividade para pôr em prática a sua filosofia, “do oceano para a mesa”.
No Guelra não há ingredientes secretos. A matéria-prima vem do mar e a frescura é ponto de honra na mesa. Mas só isso não chegaria. Há outros ingredientes imprescindíveis, como a inventiva do chef Manuel Barreto, o espírito de equipa e a vontade de experimentar e surpreender. E se a experiência pode começar ao balcão, não hesite em prosseguir no primeiro piso ou fora de portas, na acolhedora esplanada do Guelra.
A carta de petiscos é muito convidativa – e deixamos já a indicação de um incontornável, a moreia frita e maionese de kimchi (12€) – mas também há opções de pratos principais, com o melhor que o mar traz à cozinha e se decompõem em três sugestões: “O que vem à rede é peixe” (17,50€); “Pela Guelra” (23€) e “Do Oceano para a Mesa” (29€). Fugir ao mais tradicional e mais óbvio é um princípio que aqui se leva muito a sério, pois constitui um elemento diferenciador face aos restaurantes da zona, por sinal bastante turística, mas que pecam por uma roupagem pouco criativa. Se a isto somarmos uma decoração zen e intimista aos tons de azul, está tudo encaminhado para uma bela refeição. Que pode começar por um cocktail de assinatura, como o “Guelra Sour”, um mocktail ou cerveja, antes de se deliciar com os vinhos de produção própria.
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