A B3 (B3SA3), empresa responsável pela administração da Bolsa de Valores brasileira, anunciou recentemente um aumento no valor dos juros sobre capital próprio (JCP) a serem pagos aos seus acionistas. De acordo com o comunicado divulgado pela companhia, o pagamento dos JCP será realizado no dia 07 de abril de 2025, com base na posição acionária de 25 de março de 2025. Além disso, o valor por ação também foi elevado para R$ 0,06282807754.
Essa notícia é extremamente positiva para os acionistas da B3, pois representa um aumento no retorno financeiro que eles receberão por serem proprietários da empresa. Mas antes de entendermos melhor o que são os juros sobre capital próprio e como eles funcionam, é importante entendermos o que é a B3 e qual o seu papel no mercado financeiro brasileiro.
A B3 é a fusão entre a BM&FBOVESPA e a Cetip, duas das maiores instituições financeiras do país. Com essa união, a empresa se tornou a principal referência em infraestrutura de mercado financeiro na América Latina, sendo responsável por administrar a Bolsa de Valores, o mercado de balcão e o mercado de renda fixa e variável do Brasil. Além disso, a B3 também oferece serviços de registro, compensação e liquidação para diversas operações financeiras.
Agora, voltando aos juros sobre capital próprio, podemos dizer que eles são uma forma de remunerar os acionistas de uma empresa. Diferente dos dividendos, que são distribuídos de acordo com a quantidade de ações que o investidor possui, os JCP são pagos de acordo com o capital investido pelo acionista na empresa. Isso significa que quanto maior for a sua participação na B3, maior será o valor que você receberá em JCP.
Essa é uma forma de a empresa recompensar seus acionistas pelo capital que eles investiram e também de incentivar a manutenção de seus investimentos no longo prazo. Além disso, os JCP também possuem algumas vantagens fiscais, pois são considerados como despesas financeiras e, portanto, são dedutíveis do Imposto de Renda da Pessoa Jurídica (IRPJ) e da Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL).
O aumento no valor dos JCP anunciado pela B3 é uma demonstração clara de sua solidez e de sua preocupação em recompensar seus acionistas. Além disso, esse aumento também reflete o bom desempenho da empresa nos últimos anos. Em 2020, mesmo em meio à pandemia da Covid-19, a B3 registrou um lucro líquido de R$ 4,2 bilhões, um aumento de 52,4% em relação ao ano anterior.
Outro fator que contribui para o sucesso da B3 é o crescimento do mercado de investimentos no Brasil. Com a queda da taxa básica de juros (Selic) para o seu menor patamar histórico, cada vez mais pessoas estão buscando alternativas de investimentos mais rentáveis, e a Bolsa de Valores tem se mostrado como uma opção atrativa. Isso tem impulsionado o número de investidores na B3, que já ultrapassou a marca de 3 milhões de pessoas físicas.
Além disso, a B3 também tem investido em tecnologia e inovação para oferecer serviços cada vez mais eficientes e modernos aos seus clientes. Em 2020, a empresa lançou a plataforma de negociação de ativos B3 Trader, que permite aos investidores operarem diretamente na Bolsa de Valores. Além disso, a B3 também tem se destacado no mercado de sustentabilidade, sendo a única empresa brasileira a fazer parte do índice Dow Jones de Sustentabilidade.
Diante de todos esses fatores