Segundo uma pesquisa realizada pela Universidade de São Paulo (USP), a manutenção do aleitamento materno pode ser um fator de proteção para diversos riscos à saúde do bebê e da mãe. Essa descoberta reforça a importância do leite materno como alimento completo e essencial para o desenvolvimento saudável do recém-nascido.
O estudo, que foi publicado na revista científica “Pediatrics”, analisou dados de mais de 2 milhões de crianças nascidas entre 2008 e 2013 no estado de São Paulo. Os pesquisadores observaram que aquelas que foram amamentadas exclusivamente até os seis meses de idade apresentaram menor incidência de doenças respiratórias, gastrointestinais e alergias, além de menor risco de hospitalização e mortalidade infantil.
Além disso, a pesquisa também apontou que as mães que amamentaram seus filhos por mais tempo tiveram menor chance de desenvolver câncer de mama e de ovário, além de apresentarem menor índice de obesidade e diabetes tipo 2. Isso porque a amamentação estimula a produção de hormônios que ajudam a prevenir essas doenças.
Esses resultados reforçam a recomendação da Organização Mundial da Saúde (OMS) de que o aleitamento materno deve ser exclusivo até os seis meses de idade e complementado com outros alimentos até os dois anos ou mais. Infelizmente, no Brasil, apenas 38% das crianças são amamentadas exclusivamente até os seis meses, segundo dados do Ministério da Saúde.
É importante ressaltar que o leite materno é o alimento mais completo e adequado para o bebê, pois contém todos os nutrientes necessários para o seu crescimento e desenvolvimento. Além disso, ele é de fácil digestão, o que reduz o risco de alergias e intolerâncias alimentares.
Além dos benefícios à saúde, a amamentação também fortalece o vínculo entre mãe e filho, promovendo um contato físico e emocional que é fundamental para o desenvolvimento infantil. O ato de amamentar também estimula a produção de ocitocina, hormônio responsável pela sensação de bem-estar e relaxamento, tanto para a mãe quanto para o bebê.
Infelizmente, muitas mulheres enfrentam dificuldades para amamentar, seja por questões físicas, emocionais ou sociais. Por isso, é fundamental que haja apoio e orientação adequada para que a amamentação seja bem-sucedida. As mães devem receber informações sobre a importância do aleitamento materno, além de suporte para superar possíveis obstáculos.
É importante ressaltar que a amamentação é um direito da mulher e do bebê, garantido por lei. Por isso, é fundamental que as empresas e a sociedade em geral criem condições favoráveis para que as mães possam amamentar seus filhos, seja por meio de licenças maternidade adequadas, espaços para amamentação nos locais de trabalho ou políticas públicas que incentivem e apoiem a amamentação.
Em resumo, a pesquisa da USP reforça o que já sabemos: o aleitamento materno é fundamental para a saúde e o bem-estar do bebê e da mãe. Além de ser um alimento completo e adequado, ele também fortalece o vínculo entre mãe e filho e previne diversas doenças. Por isso, é fundamental que a amamentação seja valorizada e incentivada, para que mais crianças possam desfrutar dos seus benefícios e crescer com saúde.