O Fundo de Investimento Imobiliário HGLG11, administrado pela HG Real Estate, anunciou recentemente a redução dos aluguéis de dois de seus principais inquilinos: Volkswagen e Ambev. Segundo o comunicado, a locatária Volkswagen teve uma redução de 14% no aluguel de seu imóvel em Vinhedo (SP), enquanto a Ambev, responsável por aproximadamente 3% da receita do fundo, também sofreu um corte em seu aluguel. Mas qual o impacto dessa redução na receita do fundo? E o que isso pode significar para os investidores?
Antes de analisarmos essas questões, é importante entendermos o que é o FII HGLG11 e como ele funciona. O fundo é um dos maiores do país, com um portfólio diversificado de imóveis comerciais, industriais e logísticos, localizados em diferentes regiões do Brasil. Seu objetivo é proporcionar aos cotistas uma rentabilidade consistente e a distribuição de rendimentos mensais provenientes dos aluguéis dos imóveis.
Com essa estratégia, o HGLG11 vem obtendo resultados positivos ao longo dos anos. Desde sua criação, em 2011, o fundo já distribuiu mais de R$ 2 bilhões em rendimentos aos seus cotistas, além de ter valorizado seu patrimônio líquido em mais de 500%. Porém, como todo investimento, ele está sujeito a riscos, e é nesse contexto que entram as recentes reduções de aluguéis de seus inquilinos.
A Volkswagen é o maior locatário do fundo, representando cerca de 35% da receita mensal. A empresa utiliza o imóvel em Vinhedo para a produção de veículos, o que a torna essencial para o portfólio do HGLG11. No entanto, a crise econômica causada pela pandemia do coronavírus afetou diretamente o setor automotivo, levando a uma redução na produção e, consequentemente, na demanda por aluguéis.
Diante desse cenário, a Volkswagen solicitou uma redução de 14% em seu aluguel, que foi prontamente negociada pela administração do fundo. Essa medida é temporária e tem como objetivo manter a empresa no imóvel, garantindo a continuidade da receita e evitando uma possível vacância. Ou seja, mesmo com a redução, o impacto na receita do fundo deve ser mínimo.
No caso da Ambev, a redução no aluguel foi de aproximadamente 3%. Essa queda pode ser explicada pelo cenário de incertezas vivido pelo setor de bebidas, com fechamento de bares e restaurantes e uma menor demanda por seus produtos. No entanto, assim como a Volkswagen, a Ambev é uma empresa sólida e essencial para o HGLG11. Além disso, sua participação na receita do fundo é menor, o que torna o impacto ainda menos significativo.
É importante ressaltar que, apesar dessas reduções, o FII HGLG11 continua com uma ocupação de mais de 95% de seus imóveis, o que demonstra a qualidade de seus inquilinos e a gestão responsável do fundo. Além disso, existem outras medidas adotadas pela administração que visam minimizar os impactos da crise, como a renegociação de contratos de aluguel e a busca por novos inquilinos.
Para os investidores, é fundamental entender que essas reduções são temporárias e fazem parte da estratégia de gestão do fundo. A diversificação de locatários e imóveis, aliada a uma gestão ativa e responsável, garantem a solidez do HGLG11 e a geração de renda aos cotistas. Além disso