O ego inflado é um dos maiores inimigos da liderança e da comunicação efetiva. Quando uma pessoa se torna líder, seja em uma empresa, em um país ou em qualquer outra área, é comum que o ego seja inflado e ela se sinta no direito de mandar e ser ouvida o tempo todo. No entanto, essa mentalidade autocrática pode ser extremamente nociva, tanto para a própria liderança quanto para a equipe.
A liderança mundial, por exemplo, é muitas vezes vista como uma grande mesa de reunião, onde os líderes de diferentes países se encontram para discutir assuntos importantes e tomar decisões que afetam o mundo inteiro. No entanto, muitas vezes, esses encontros se tornam meras oportunidades para que cada líder tente impor sua própria visão e agenda, sem se importar em realmente entender o outro. E o resultado disso é uma falta de escuta ativa, um diálogo superficial e muitas vezes até mesmo conflitos.
O problema é que, quando o ego está inflado, a pessoa se torna incapaz de enxergar além de si mesma e de suas próprias ideias e opiniões. Ela se fecha para novas perspectivas e, consequentemente, para o aprendizado e o crescimento. E isso é ainda mais grave quando falamos de liderança, pois um bom líder deve ser capaz de se colocar no lugar de sua equipe e entender suas necessidades e pontos de vista, a fim de tomar decisões mais efetivas e construir uma relação de confiança e empatia.
Além disso, o ego inflado também tem um impacto negativo na comunicação. Quando alguém acredita que sua opinião é a única que importa, é comum que se torne um falante dominante e não dê espaço para que os outros se expressem. Esse tipo de comunicação unilateral não permite um diálogo verdadeiro e pode levar a conflitos e desentendimentos. E, no caso da liderança mundial, isso pode resultar em decisões precipitadas ou que não consideram todas as perspectivas.
Um líder verdadeiramente eficaz deve ter a capacidade de ouvir ativamente e de forma empática. Ou seja, deve estar disposto a realmente entender o outro, mostrando interesse genuíno em suas ideias e opiniões. Isso não significa que ele deva concordar com tudo o que é dito, mas sim que deve estar aberto a novas perspectivas e disposto a aprender com elas. E essa postura é fundamental para a construção de um ambiente de trabalho harmonioso e produtivo, onde as ideias fluem livremente e todos se sentem valorizados.
Mas como é possível combater o ego inflado e desenvolver uma liderança mais humilde e empática? A resposta está na prática da humildade e da escuta ativa. Humildade, pois é preciso reconhecer que ninguém é dono da verdade e que sempre há algo a aprender com os outros. E escuta ativa, pois é através dela que é possível realmente entender o outro e ter uma comunicação mais efetiva. Isso envolve técnicas como fazer perguntas abertas, demonstrar interesse pelo que está sendo dito e evitar julgamentos precipitados.
E essa prática deve começar desde a liderança mundial até a liderança em pequena escala, em empresas, organizações e em nossas próprias vidas. Pois somente quando aprendemos a deixar o ego de lado e a nos conectar verdadeiramente com o outro é que podemos construir uma sociedade mais justa, empática e colaborativa. Uma sociedade onde ninguém é mais importante que o outro, mas sim onde todos têm voz e são valorizados.
Em resumo, o ego inflado pode ser comparado a um veneno que corrompe a liderança e a comunicação. Ele impede a escuta ativa, dificulta o diálogo verdadeiro e pode levar a conflitos e decisões