O Partido Comunista Português (PCP) apresentou um pedido de esclarecimento sobre a venda da Herdade da Ferraria, uma propriedade de 268 hectares localizada no Meco, que foi vendida pelo Novobanco em 2022 por 1,5 milhões de euros. A notícia, divulgada pelo jornal Público, gerou polêmica por conta da classificação da propriedade como rústica e devoluta, apesar de ter capacidade edificável de mais de 50 mil metros quadrados. O PCP questiona o preço da venda, que considera duvidoso e com um desconto significativo.
A Herdade da Ferraria é uma propriedade de grande valor natural e histórico, localizada na região do Meco, em Sesimbra. Com uma área de 268 hectares, a propriedade possui uma localização privilegiada, próxima ao mar e com uma vista deslumbrante. Além disso, é uma área de grande importância ambiental, com uma grande diversidade de fauna e flora, incluindo espécies protegidas.
No entanto, o que tem gerado polêmica é a forma como a propriedade foi vendida pelo Novobanco. De acordo com o jornal Público, a Herdade da Ferraria foi classificada como rústica e devoluta, o que significa que não possui qualquer tipo de construção ou exploração. No entanto, a propriedade possui uma capacidade edificável de mais de 50 mil metros quadrados, o que a torna um terreno com grande potencial para construção.
O PCP questiona o preço da venda, que considera duvidoso e com um desconto significativo. Segundo o partido, o valor de 1,5 milhões de euros é muito abaixo do que seria esperado para uma propriedade com as características da Herdade da Ferraria. Além disso, o partido destaca que a venda foi realizada em 2022, em meio a uma crise econômica e financeira, o que pode ter influenciado no valor final.
O PCP também questiona a forma como a propriedade foi vendida, sem qualquer tipo de concurso público ou transparência. O partido ressalta que a Herdade da Ferraria é um patrimônio público e, como tal, deveria ter sido vendida de forma mais transparente e com a participação de outros interessados.
A Herdade da Ferraria já foi alvo de polêmica no passado. Em 2008, a propriedade foi vendida pelo Novobanco por 2,7 milhões de euros, mas o negócio acabou sendo anulado após uma investigação do Ministério Público. Na época, a propriedade foi vendida para um grupo de investidores que pretendia construir um empreendimento turístico na área, mas a operação foi considerada ilegal por conta da falta de transparência no processo de venda.
Diante desses fatos, o PCP pede esclarecimentos ao Novobanco sobre a venda da Herdade da Ferraria em 2022. O partido destaca a importância de se investigar o processo de venda e garantir que a propriedade seja utilizada de forma adequada e em benefício da população.
A venda da Herdade da Ferraria é um exemplo de como o patrimônio público pode ser negligenciado e desvalorizado. O PCP reforça a importância de se preservar e valorizar esses bens, que são de todos os portugueses. Além disso, o partido ressalta a necessidade de se garantir transparência e lisura nos processos de venda de patrimônios públicos.
É preciso que as autoridades competentes tomem medidas para evitar que casos como esse se repitam no futuro. O patrimônio público deve ser preservado e utilizado em benefício da população, e não apenas para atender interesses particulares.