Os preços das matérias-primas são um importante indicador da economia global e, nos últimos tempos, têm sido alvo de intensa atenção por parte de investidores e especialistas financeiros. No entanto, nos últimos meses, duas matérias-primas em particular têm estado sob pressão devido a diversos fatores: o petróleo e o ouro.
O petróleo, considerado como o “ouro negro”, é uma das commodities mais negociadas e valiosas do mundo. Sua importância na economia é inegável, já que é a principal fonte de energia para a indústria, transporte e produção de eletricidade. No entanto, nos últimos anos, o mercado de petróleo tem sido afetado por uma série de fatores que têm impactado significativamente seu preço.
Um desses fatores é a queda na demanda de petróleo decorrente da disseminação do COVID-19. Com a pandemia afetando a economia global de forma drástica, muitos países implementaram medidas de isolamento social e restrições de viagem, o que resultou em uma queda no consumo de combustíveis. Segundo a Agência Internacional de Energia (AIE), a demanda por petróleo em 2020 caiu em cerca de 8,1 milhões de barris por dia em relação ao ano anterior. Essa queda drástica na demanda afetou diretamente o preço do petróleo, que chegou a atingir valores negativos pela primeira vez na história em abril de 2020.
Outro fator que tem pressionado o preço do petróleo é a guerra de preços entre Arábia Saudita e Rússia, dois dos maiores produtores de petróleo do mundo. Em março de 2020, a Arábia Saudita recusou-se a reduzir sua produção de petróleo, o que resultou em um aumento na oferta global. Como resposta, a Rússia aumentou sua produção e cortou seus preços, iniciando uma guerra de preços que contribuiu para a queda no valor do petróleo.
Além disso, a crise econômica global causada pela pandemia também afetou o preço do petróleo. Com a queda na demanda e a guerra de preços, muitas empresas do setor de petróleo e gás enfrentaram dificuldades financeiras e tiveram que reduzir suas operações. Isso resultou em uma queda na produção e, consequentemente, na oferta de petróleo, o que se refletiu em uma menor pressão sobre os preços.
O ouro, considerado um ativo seguro em tempos de incerteza econômica, também enfrentou pressão nos últimos meses. Em meados de 2020, o preço do ouro atingiu seu maior valor da história, ultrapassando a marca de US$ 2.000 por onça. No entanto, desde então, o preço tem oscilado bastante e enfrentado quedas significativas.
Uma das causas dessa pressão sobre o preço do ouro é a melhora na situação econômica global. Com o avanço da vacinação contra o COVID-19 e a retomada gradual das atividades econômicas, os investidores têm se sentido mais confiantes em relação ao futuro, o que reduz a demanda por ativos considerados mais seguros, como o ouro. Além disso, a recente valorização do dólar também contribuiu para a queda no preço do ouro, já que o metal é negociado em dólares e uma moeda forte torna o ouro mais caro para os investidores internacionais.
Outro fator que tem afetado o preço do ouro é a desaceleração do mercado de joias. O ouro é muito utilizado na produção de joias e, com a crise econômica, muitas pessoas têm optado por adiar suas compras. Isso resultou em uma queda na demand