As questões ligadas à ecologia e a busca espiritual são temas cada vez mais presentes nas discussões contemporâneas e não ficam de fora do mundo da arte. Prova disso são as obras dos seis artistas finalistas do Prémio Novos Artistas Fundação EDP, cuja exposição será inaugurada na quarta-feira, dia 12 de maio, no Museu de Arte, Arquitetura e Tecnologia (MAAT), em Lisboa.
Com curadoria de Inês Grosso, a exposição apresenta trabalhos de jovens artistas portugueses que se destacam pela sua originalidade e sensibilidade em relação às questões sociais e ambientais. Através de diferentes técnicas e suportes, os artistas mostram como a arte é capaz de dialogar e refletir sobre o mundo em que vivemos.
Um dos nomes em destaque é o de Bernardo Simões Correia, com a sua obra “Aqui Nascemos”, que explora a relação entre o homem e a natureza, questionando a forma como nós, como seres humanos, nos relacionamos com o ambiente que nos rodeia. Utilizando elementos naturais e materiais reciclados, o artista cria uma instalação que convida o público a refletir sobre a importância de preservar e respeitar a natureza.
A artista Diana Policarpo também traz uma temática ambiental em sua obra “Nandia”, que aborda a degradação e a exploração dos recursos naturais. Combinando vídeo e escultura, a artista cria uma narrativa poética sobre a relação entre o homem e a terra, evidenciando a importância de um olhar mais atento e responsável para com o meio ambiente.
A busca espiritual é outro tema presente nas obras dos finalistas. Em “O Lugar Sem Lugar”, Francisco Queimadela e Mariana Caló exploram a ideia de “não-lugar”, um espaço entre o real e o imaginário, onde a espiritualidade e a natureza se fundem. Com fotografias e vídeos, os artistas convidam o público a uma viagem interior, em busca de uma conexão com algo maior.
Já a obra de André Romão, “A Verdade é um Momento do Ser”, aborda a espiritualidade através de uma perspectiva mais filosófica. Utilizando esculturas e instalações, o artista propõe uma reflexão sobre a existência humana e o sentido da vida, levantando questões sobre a espiritualidade e a busca pelo autoconhecimento.
Por fim, a artista Marta Wengorovius traz a temática da ecologia de uma forma mais poética em sua obra “Canção para uma Floresta que Desaparece”. Através de fotografias e vídeos, a artista registra a destruição das florestas e a perda de biodiversidade, convidando o público a uma reflexão sobre a nossa relação com a natureza e o impacto de nossas ações no planeta.
A exposição dos finalistas do Prémio Novos Artistas Fundação EDP é um convite para uma imersão em questões atuais e urgentes, que não podem mais ser ignoradas. Através da arte, os artistas nos convidam a refletir sobre o nosso papel como seres humanos e a importância de cuidar do meio ambiente e buscar uma conexão mais profunda com o mundo e com nós mesmos.
Com a pandemia do COVID-19, a exposição será inaugurada sem a presença do público, mas poderá ser visitada virtualmente através do site do MAAT. Além disso, a exposição também contará com visitas guiadas online e atividades educativas para que todos possam desfrutar das obras e refletir sobre as questões abordadas pelos artistas.
O Prémio Novos Artistas Fundação EDP é uma iniciativa que visa promover e apoiar jovens artist