Ednaldo Rodrigues, presidente da Federação Baiana de Futebol e vice-presidente da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), recentemente fez uma declaração que gerou muita discussão e debate no mundo do futebol. Ele afirmou que o desempenho em campo da seleção brasileira não pode ser usado como régua para dizer que a CBF está mal. Essa afirmação causou surpresa e até mesmo indignação em alguns setores, mas é importante analisá-la com cuidado e entender o contexto em que foi dita.
Antes de tudo, é importante destacar que a seleção brasileira é uma das mais vitoriosas do mundo. Ao longo dos anos, conquistou cinco Copas do Mundo e inúmeros títulos em outras competições. No entanto, nos últimos anos, o desempenho da equipe vem sendo questionado e criticado por muitos. A eliminação precoce na Copa do Mundo de 2014 e a derrota humilhante por 7 a 1 para a Alemanha ainda estão frescas na memória dos brasileiros.
Diante desse cenário, é compreensível que muitos apontem a CBF como a grande responsável pelo declínio da seleção brasileira. Afinal, é a entidade máxima do futebol brasileiro e tem a responsabilidade de gerir e desenvolver o esporte no país. No entanto, Ednaldo Rodrigues defende que não se pode usar o desempenho da seleção como parâmetro para avaliar a gestão da CBF.
Segundo ele, a seleção é apenas uma parte do trabalho da CBF e não deve ser vista como um reflexo direto da atuação da entidade. Rodrigues afirma que a CBF tem uma série de ações e projetos que vão além da seleção, como o fomento ao futebol de base, a organização de campeonatos e ações sociais. Portanto, é injusto julgar a CBF apenas pelo desempenho da seleção em campo.
O presidente da Federação Baiana de Futebol também ressalta que a seleção brasileira é formada por jogadores de diferentes clubes, com diferentes técnicos e filosofias de jogo. Isso torna difícil criar uma identidade e um padrão de jogo para a equipe. Além disso, o futebol é um esporte imprevisível e qualquer equipe pode ter um dia ruim ou um adversário mais forte.
É importante lembrar que a CBF é uma entidade complexa, com muitas questões políticas e interesses envolvidos. Não é justo colocar toda a responsabilidade pelo desempenho da seleção nas costas da entidade. É preciso analisar a situação de forma mais ampla e entender que a CBF tem um papel fundamental no desenvolvimento do futebol brasileiro, mas não é a única responsável pelo sucesso ou fracasso da seleção.
Além disso, é importante destacar que a CBF vem passando por mudanças significativas nos últimos anos. Desde a chegada de Rogério Caboclo à presidência, em 2019, a entidade tem buscado modernizar sua gestão e promover uma série de reformas. Entre elas, a criação de um novo estatuto, a implementação do sistema de licenciamento de clubes e a criação de uma comissão técnica permanente para a seleção brasileira.
Essas mudanças ainda estão em processo, mas já é possível ver alguns resultados positivos. A seleção brasileira sub-17 conquistou o tetracampeonato mundial em 2019, a seleção feminina teve um bom desempenho na Copa do Mundo de 2019 e a seleção olímpica se classificou para os Jogos de Tóquio em 2020. São sinais de que a CBF está no caminho certo e trabalhando para melhorar o futebol brasileiro como