“Camarada Cunhal” estreia na quinta-feira, dia 24 de abril, na véspera do 25 de abril, e retrata a fuga de Álvaro Cunhal da Fortaleza de Peniche, uma das prisões mais temidas do regime salazarista.
No próximo dia 24 de abril, véspera do 25 de abril, estreia nos cinemas portugueses o tão aguardado filme “Camarada Cunhal”. Dirigido por António-Pedro Vasconcelos, o filme retrata a emocionante e corajosa fuga de Álvaro Cunhal da Fortaleza de Peniche, uma das prisões mais temidas do regime ditatorial de Salazar. Com um elenco de peso, incluindo Diogo Morgado e Victória Guerra, a produção promete levar os espectadores numa viagem no tempo e reviver um dos momentos mais marcantes da história de Portugal.
Álvaro Cunhal foi uma das figuras mais importantes e influentes do Partido Comunista Português (PCP) e uma das principais vozes da oposição ao regime ditatorial de Salazar. Preso em 1949 na Fortaleza de Peniche, Cunhal cumpriu 11 anos de prisão neste local, onde era submetido a todo tipo de torturas e maus-tratos. No entanto, a sua determinação e coragem nunca vacilaram, e foi com um plano meticulosamente elaborado que Cunhal conseguiu fugir da prisão em 1960.
A fuga de Álvaro Cunhal foi um verdadeiro golpe para o regime ditatorial de Salazar. Além de ser um acontecimento que deixou o povo português em estado de choque, foi também um marco histórico na luta pela liberdade e democracia em Portugal. A história de Cunhal e da sua fuga tem sido contada e recontada ao longo dos anos, mas agora com “Camarada Cunhal” temos a possibilidade de ver esta história épica ganhar vida nas telonas.
Com a estreia do filme a acontecer precisamente na véspera do 25 de abril, é impossível não sentir uma emoção especial e um orgulho imenso ao assistir a esta produção. Mais do que um filme sobre a fuga de um homem, “Camarada Cunhal” é um tributo a todos aqueles que lutaram e sacrificaram as suas vidas pela liberdade e democracia em Portugal. É uma forma de homenagear todos aqueles que tiveram a coragem de se levantar contra um regime opressor e que, graças à sua bravura, abriram caminho para a revolução de abril.
O filme retrata não só a famosa fuga de Cunhal, mas também os seus anos de prisão e o seu papel ativo na luta contra o regime ditatorial, tornando-se um testemunho histórico precioso e uma forma de preservar a memória de um dos momentos mais marcantes da nossa história. A produção também apresenta um olhar mais humano sobre o líder comunista, mostrando o seu lado mais humano e sensível, algo que muitos desconhecem.
A longa-metragem contou com a colaboração do PCP, que abriu os seus arquivos para que a produção pudesse ser o mais fiel possível à realidade. O resultado é um filme que não se limita a ser uma simples recriação dos factos, mas sim uma obra que nos faz sentir na pele todo o sofrimento, a coragem e a determinação de Cunhal e dos seus camaradas. Para além disso, a produção teve ainda o cuidado de recriar os ambientes e cenários da época, proporcionando ao espectador uma verdadeira viagem no tempo.
A estreia de “Camarada Cunhal” é um momento histórico para o cinema português e para o país como um todo.